domingo, 5 de agosto de 2012

Barretão reconstruído



Quem me conhece saber: gosto de Barretão e seus filmes, controvérsias sobre a produção e as mil e uma divisões do cinema brasileiro à parte. No perfil escrito para a edição deste domingo de O Globo, Cora Rónai - ou Cacá Diegues, a ambiguidade do texto não permite identificar precisamente a autoria - tem a felicidade de resumir o nem um pouco pacato cidadão. Leiam comigo:

"Luiz Carlos Barreto foi uma das maiores estrelas jornalísticas de 'O Cruzeiro' -  lembra o cineasta Cacá Diegues. "Ele chegou ao cinema justamente pelo texto (o roteiro de 'Assalto ao Trem Pagador') e pela luz (a fotografia de 'Vidas Secas' - em destaque na foto que ilustra o post). Cearense acariocado, filho de Assis Chateaubriand com o Partido Comunista, de Macunaíma com Padim Ciço, vagou pelos estádios do mundo atrás de Garrincha e Nilton Santos, cobriu cruzeiros chiques e tumultos proletários, flagrou Marilyn e os Kennedy, pescadores e pecadoras, até encontrar, numa longuíqua praia baiana, o cineasta Glauber Rocha com uma câmera na mão e muitas ideias na cabeça. Uma delas era trazer o sertanejo cosmopolita para o seio de uma revolução, chamada Cinema Novo. Não contente em apenas aderir, Luiz Carlos se tornou um de seus líderes mais importantes. O resté é História."

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